Installation
Double projection on tulle fabric
Os lugares por onpassamos, por
vezes de forma descomprometida, estão sitiados por tramas de estórias que
moldam a sua evolução enquanto espaço vivido.
A audácia do “salto”, a angústia da miséria. A dureza do trabalho, a abnegação da poupança, a esperança do regresso.
A Fronteira é esponja que absorve todas as camadas do simbólico e que emerge com a possibilidade de ser repensada para desconstruir supostas dicotomias que, por vários lugares, irrompem em forma de muro.
O resgate desses ecos do tempo deu-se em dois momentos: arquivo de bairros de lata em Portugal e, na mesma época, bairros de lata com portugueses nos arredores de Paris.
O “salto” como momento definidor da experiência da Fronteira.
Esses registos capturados digitalmente regressam ao analógico, através do Colódio Húmido das imagens de arquivo captadas no ecrã do computador.
A Fronteira onde outrora se saltou em busca de algo, é pensada numa dialéctica entre o digital e o analógico, mas também entre o verdadeiro e o falso, já que o objecto emerge como que simulações de arquivo, através do mesmo. Voltam ao digital, através da projeção.
Lata é Bidon propõe materializar, num só gesto, um espaço de transparência onde intersecções de cor são um diálogo com o imaginário narrativo da emigração da lata para o bidon ou da miséria para a miséria. Uma trama conflituante projectada de dois ângulos num tecido tule que possibilita confluências distintas entre as imagens pela conexão elegante e imersiva entre a luz e o espaço.
A audácia do “salto”, a angústia da miséria. A dureza do trabalho, a abnegação da poupança, a esperança do regresso.
A Fronteira é esponja que absorve todas as camadas do simbólico e que emerge com a possibilidade de ser repensada para desconstruir supostas dicotomias que, por vários lugares, irrompem em forma de muro.
O resgate desses ecos do tempo deu-se em dois momentos: arquivo de bairros de lata em Portugal e, na mesma época, bairros de lata com portugueses nos arredores de Paris.
O “salto” como momento definidor da experiência da Fronteira.
Esses registos capturados digitalmente regressam ao analógico, através do Colódio Húmido das imagens de arquivo captadas no ecrã do computador.
A Fronteira onde outrora se saltou em busca de algo, é pensada numa dialéctica entre o digital e o analógico, mas também entre o verdadeiro e o falso, já que o objecto emerge como que simulações de arquivo, através do mesmo. Voltam ao digital, através da projeção.
Lata é Bidon propõe materializar, num só gesto, um espaço de transparência onde intersecções de cor são um diálogo com o imaginário narrativo da emigração da lata para o bidon ou da miséria para a miséria. Uma trama conflituante projectada de dois ângulos num tecido tule que possibilita confluências distintas entre as imagens pela conexão elegante e imersiva entre a luz e o espaço.
The places we pass through, sometimes in an unengaged way, are besieged by plots of stories that mould their evolution as a lived spaces. The audacity of the "salto", the anguish of misery. The hardship of labour, the abnegation of saving, the hope of returning. The Border is a sponge that absorbs all the layers of the symbolic and emerges with the possibility of being rethought in order to deconstruct the supposed dichotomies that, in many places, erupt in the form of a wall. These echoes of time were rescued in two moments: an archive of Portuguese tin slums and, at the same time, Portuguese tin slums on the Parisian suburbs. The "salto" as a defining moment in the Border Experiences.
These digitally captured records return to analogue through the wet collodion of archive images captured on the computer screen. The border where people once jumped in search of something is thought of in a dialectic between the digital and the analogue, but also between the true and the false, since the object emerges as if it were a simulated archive. They return to the digital through projection.
Lata é Bidon proposes to materialise, in a single gesture, a space of transparency where intersections of colour are a dialogue with the narrative imagery of emigration from the can to the "bidon" or from misery to misery. A conflicting plot projected from two angles onto a tulle fabric that allows for different confluences between images through the elegant and immersive connection between light and space.